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Valéria Guimarães é Endocrinologista e Doutora em Medicina-Endocrinologia, pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Foi Fellow da Thyroid Study Unit da Universidade de Chicago durante 3 anos, nas áreas de Doenças Autoimunes da Tireóide e Câncer de Tireóide, sob a supervisão de uma das maiores autoridades mundiais em Tiroidologia, o Dr. Leslie DeGroot.

Publicou inúmeros trabalhos em revistas internacionais conceituadas no meio científico. É autora de vários capítulos de livros científicos, incluindo o capítulo sobre Tiroidites no compêndio Endocrinology, hoje considerado o mais completo da especialidade e referência mundial em educação médica em Endocrinologia, com apenas quatro autores brasileiros.

Istênio Pascoal é Nefrologista e Doutor em Medicina-Nefrologia, pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Foi Research Fellow da Nephrology Section e do Departament of Obstetrics and Gynecology da Universidade de Chicago durante 3 anos, na área de Doença Renal e Hipertensão na Gravidez, sob a supervisão do renomado Professor Marshall Lindheimer.

Publicou vários trabalhos científicos em revistas internacionais conceituadas e é autor de vários capítulos de livros científicos. Participa ativamente de várias sociedades médicas internacionais, entre as quais a American Society of Nephrology (ASN) e a European Dialysis and Transplantation Association (ERA-EDTA).



Autoexame da Tiróide

Aprenda a fazer o autoexame e identificar os sintomas.

Material necessário: copo com água e um espelho (se possível, com cabo)

Procedimentos:

  1. Segure o espelho e procure no seu pescoço a região logo abaixo do "Pomo de Adão" (popularmente conhecido como gogó). Sua Tiróide está localizada aí.
  2. Incline a cabeça para trás para que o pescoço fique mais exposto e focalize essa região no espelho.
  3. Beba um gole de água.

  4. Com o ato de engolir, a Tiróide sobe e desce. Observe se existe algum aumento ou saliência na Tiróide. Repita este teste várias vezes até ter certeza.
    • Atenção: Não confunda a Tiróide com o "Pomo de Adão", lembre-se que a glândula está logo abaixo.
  5. Ao notar qualquer alteração, procure um Endocrinologista.

Tratamento com hormônio tiroideano

A Levotiroxina é a droga de escolha recomendada tanto para a reposição quanto para a terapia de supressão hormonal.

A reposição hormonal tem a finalidade de restaurar o eutiroidismo clínico e laboratorial, com a normalização do TSH sérico e reversão dos sintomas clínicos do paciente. Habitualmente, faz-se a reposição da Levotiroxina nos casos de hipotireoidismo decorrentes de patologias benignas. Já a terapia supressiva está indicada no tratamento complementar do câncer de tiróide. Consiste em repor a Levotiroxina com uma dose um pouco superior à necessária, com o intuito de suprimir o TSH e prevenir a recorrência do câncer.

São muitos os benefícios da Levotiroxina que fazem dela a terapia ideal para a reposição do hormônio tiroideano:

  1. Sua longa história de eficácia na resolução dos sintomas do hipotireoidismo,
  2. Perfil seguro no uso a longo prazo,
  3. Facilidade de administração em dose única,
  4. Sua longa meia vida,
  5. Sua absorção intestinal,
  6. Seu baixo custo e disponibilidade de acesso.

Mas atenção:

  1. Não mude a marca de sua levotiroxina. Não existe bioequivalência entre os vários produtos no mercado. Isto poderá alterar o seu TSH. Se houver necessidade de mudança na marca do produto, procure seu endocrinologista para que ele possa fazer o novo ajuste na dosagem. Formulações manipuladas de levotiroxina não são aconselháveis.
  2. A levotiroxina deve ser tomada preferencialmente em jejum, de no mínimo 30’ antes da primeira refeição. Em casos excepcionais, em pacientes com dificuldade de absorção por doenças gastrointestinais, a levotiroxina também poderá ser administrada ao deitar, no mínimo 3 horas após a última refeição. Também é recomendado, que não se administre a levotiroxina junto a outros suplementos vitamínicos e minerais. Recomenda-se pelo menos 4 horas entre os produtos. A monitorização do TSH deve ser feita com mais frequência quando os seguintes medicamentos são usados nos pacientes que fazem reposição com tiroxina: fenobarbital, fenitoína, carbamazepina, rifampicina e sertralina entre outros.

Para que o médico possa decidir qual a dose inicial da levotiroxina a ser utilizada no paciente, leva-se em consideração, o peso do paciente, a massa corporal magra, a etiologia do hipotireoidismo, o grau de elevação do TSH, a idade e o contexto clínico geral. Os ajustes de dose devem ser feitos quando houver grande alteração no peso corporal, com o envelhecimento, durante a gravidez, sempre reavaliando o TSH 4 - 6 semanas após qualquer mudança de dosagem. Durante a gestação, a reavaliação deverá ser feita em períodos mais curtos.

Nota: Modismos como associação de T3 e T4, assim como o uso de tiróide dissecada e suplementação com iodo manipulado devem ser evitados, sob risco de problemas adicionais de saúde futuros. Também recomendamos contra o uso de suplementos alimentares/nutracêuticos, ou qualquer outro produto de manipulação que esteja sendo indicado para o tratamento do hipotireoidismo.

Doenças da Tiróide

Todos nós temos a glândula tiróide! Homens, mulheres, idosos e crianças. Assim, em qualquer momento da vida, qualquer um pode ter um problema nela. Embora a maior parte dos problemas ocorram em mulheres e na vida adulta, outras populações não podem ser esquecidas. Uma tiróide normal deve produzir os hormônios tiroideanos na medida certa, garantindo o bom funcionamento do seu corpo. Quando por algum motivo ela começa a liberar hormônios a mais (hipertiroidismo) ou a menos (hipotiroidismo), todo o seu organismo sentirá o reflexo desta disfunção.Distúrbios da tiróide durante a gravidez podem acarretar problemas sérios ao feto e muitas vezes irreversíveis. Por isto, é muito importante saber se está tudo bem com sua glândula antes de planejar a gravidez. Nódulos na tiróide também são frequentes e assustam muito as pessoas. Entretanto, lembrem-se de que na maioria das vezes eles são benignos e requerem apenas acompanhamento periódico, sem a necessidade de cirurgia. O Endocrinologista é o especialista capaz de detectar e garantir um tratamento adequado para cada caso.

Nódulos de tiróide

O que é o nódulo tiroideano?
O termo nódulo tiroideano é dado para um crescimento anormal das células da tiróide, que se apresenta com a forma mais ou menos esférica, e que na sua grande maioria são benignos. São mais frequentes no sexo feminino, embora não sejam exclusivos, e a sua prevalência aumenta com a idade. Com o advento da ultrassografia, estima-se que cerca de 60% da população feminina, após os 50, tenha algum nódulo tiroideano.

Apenas uma pequena proporção dos nódulos tiroidianos são cancerosos. A fim de diagnosticar e tratar o câncer de tiróide na fase mais precoce, a maioria dos nódulos tiroideanos precisa de algum tipo de avaliação.


Por que surgem nódulos na tiróide?

Não se sabe exatamente por que eles aparecem. Entre os fatores conhecidos que podem contribuir para o seu aparecimento estão: a carência de iodo, a inflamação da tiróide (tiroidites), as alterações genéticas (que podem ser transmitidas entre diversas gerações) e a exposição a radiações na infância. Neste último caso, a exposição pode se dar quando existem acidentes nucleares ou quando é feito tratamento de outros cânceres com necessidade de radioterapia na região do pescoço.

Quais são os sintomas dos nódulos da tiróide?
A maioria dos nódulos da tiróide não provoca sintomas. Assim, muitas vezes, os nódulos são identificados durante uma visita médica, quando o paciente faz o autoexame da tiróide, ou quando faz um exame de imagem, como uma ecografia, para outra finalidade.

Os sintomas, se existirem, podem ser consequência: 1) do mau funcionamento (disfunção) da glândula, conhecidos como hipotiroidismo quando a produção dos hormônios tiroideanos é baixa; ou hipertiroidismo , quando a produção dos hormônios tiroideanos é alta; ou 2) decorrentes de sintomas compressivos, quando o nódulo é muito volumoso (rouquidão, dificuldade para engolir, dificuldade para deglutir, alteração da voz).

Quais são os tipos de nódulos tiroideanos?
Na tiróide podem desenvolver-se vários tipos de nódulos, que são classificados em dois grandes grupos, os benignos e os malignos (câncer de tiróide). Os nódulos benignos podem se apresentar em forma de nódulos coloides (ou hiperplásicos), cistos ou adenomas. Já um nódulo é considerado maligno quando suas células tem a capacidade de invadir outras estruturas como os vasos sanguíneos, linfáticos e outros tecidos fora dos limites da glândula.

Felizmente os nódulos malignos são pouco frequentes, sendo identificados em apenas 5% das pessoas com bócio nodular. O carcinoma papilífero é o mais comum e, na maioria dos casos, o menos agressivo.

Denominamos um nódulo de autônomo, quando ele é capaz de produzir hormônio, independente do controle que o organismo exerce sobre a glândula. Entretanto, os nódulos não produtores de hormônios, que constituem a imensa maioria (praticamente a totalidade deles), justificam a ausência de sintomas na maioria dos portadores de nódulos de tiróide.

Como é feita a avaliação de um nódulo tiroideano?
Após a identificação de um ou mais nódulos, seu endocrinologista determinará se o restante de sua tiróide é saudável, ou seja, se seu funcionamento é normal. Para isto solicitará alguns exames laboratoriais. Como não é possível determinar benignidade ou malignidade através dos exames de sangue, haverá necessidade de investigação complementar, com exames mais específicos como, por exemplo, a ultrassonografia de tiróide e a biópsia aspirativa por agulha fina.

  1. Ultrassonografia de tiróide:
    • A ultrassonografia ou ecografia de tiróide é uma ferramenta importante na avaliação dos nódulos tiroideanos. Várias características ultrassonográficas de um nódulo têm sido associados a uma maior probabilidade de malignidade. Entre eles, a sua hipoecogenicidade, o aumento da vascularização intranodular, a presença de margens irregulares, a presença de microcalcificações, ausência do halo, altura maior do que a largura (quando o nódulo é medido na dimensão transversal) e a presença de gânglios cervicais suspeitos. Com a exceção da presença de gânglios suspeitos no pescoço, nenhum dos parâmetros acima, sozinhos ou isolados é sensível ou específico o suficiente para identificar o nódulo como sendo maligno. Na presença de uma ou mais destas características, e dependendo do tamanho do nódulo, o seu endocrinologista poderá indicar uma punção aspirativa por agulha fina, para elucidação diagnóstica. Também o ultrassom poderá demonstra características altamente preditivas de um nódulo benigno. Neste caso, não haverá necessidade de punção, mas apenas do acompanhamento anual do nódulo.
    • Outros exames de imagem, como a cintilografia da tiróide, a tomografia computadorizada (TAC) e a ressonância magnética cervical poderão ser realizados em situações pontuais, para responder perguntas específicas no esclarecimento diagnóstico.
  2. Punção aspirativa por agulha fina (PAAF)
    • O nome pode até assustar, mas a agulha utilizada no procedimento é muito pequena e um anestésico local raramente é necessário. É um procedimento muito simples, muitas vezes feito em consultório médico. Após a punção, os pacientes geralmente voltam para casa ou para o trabalho, sem nem mesmo a necessidade de curativo ou analgésico.
    • Normalmente, várias amostras serão retiradas das diferentes partes do nódulo, para que a amostra seja representativa e dê ao seu médico a possibilidade de encontrar as células malignas, se houver. As lâminas deste exame serão então encaminhadas a um patologista experiente, que enviará ao seu endocrinologista um dos seguintes resultados:
  • O nódulo é benigno: Este resultado é obtido em cerca de 80% das biópsias. Boa notícia. Neste caso, seu nódulo será acompanhado pelo seu endocrinologista. Ocasionalmente, uma outra biopsia poderá ser necessária, principalmente se houver crescimento do mesmo e /ou mudanças na sua característica ultrassonográfica. Só haverá necessidade de remoção de um nódulo benigno, se ele estiver causando sintomas compressivos, como por exemplo, sensação de asfixia ou dificuldade para engolir, o que poderá ser confirmado através de outros exames de imagem do pescoço.
  • O nódulo é maligno ou suspeito para malignidade: O resultado maligno é obtido em cerca de 5% das biópsias e a biópsia suspeita para malignidade tem um risco de 50-75% de câncer em nódulo. Estes diagnósticos exigem a remoção cirúrgica da tiróide, após consulta com seu endocrinologista e cirurgião. Eles determinarão os detalhes e a extensão do seu procedimento.
  • O nódulo é indeterminado ou “padrão folicular”: Trata-se de um grupo de vários diagnósticos que podem ocorrer em até 20% dos casos de todas as punções aspirativas. Um achado indeterminado significa que mesmo que um número adequado de células tenha sido retirado durante a biópsia por agulha fina, o patologista não pode classificar de forma confiável o resultado como sendo benigno ou maligno. Neste grupo, finalmente apenas 20-30% dos nódulos serão confirmados malignos. Mas, infelizmente, o diagnóstico final será feito apenas com o diagnóstico histopatológico da glândula retirada na cirurgia.
  • O nódulo é inconclusivo: Sua biópsia poderá ser não diagnóstica ou inadequada. Este resultado é obtido em menos de 5% dos casos. Este resultado indica não haver um número adequado de células suficientes para que o patologista possa emitir um laudo diagnóstico. Neste caso, haverá necessidade de nova reavaliação e repunção, dependendo do julgamento clínico do seu médico.

O que deve ser feito quando uma punção vem com laudo indeterminado ou padrão folicular?
Um dos maiores dilemas enfrentados pelo endocrinologista acontece quando a punção aspirativa de tiróide vem com o laudo de “indeterminado” ou “padrão folicular”. Como a avaliação patológica não pode confirmar e nem descartar o câncer, muitas vezes o paciente é encaminhado para a cirurgia para elucidação diagnóstica final. Ocorre que apenas dois de cada dez pacientes encaminhados para a cirurgia, terão o câncer. E os outros oitos pacientes que perderam a tiróide? Estes pacientes, desnecessariamente perderam um órgão vital, e por isto necessitarão de reposição hormonal (Levotiroxina) para o resto da vida.

Pode parecer simples, mas o impacto na saúde de uma tiroidectomia desnecessária pode mudar a vida do paciente, que enfrentará uma rotina de testes, tratamentos e acompanhamento, para ajustes de doses, com a finalidade de evitar os sintomas do hipotiroidismo.

E como evitar cirurgias desnecessárias, diante de um laudo de padrão folicular? A comunidade científica tem tentado responder a esta pergunta incansavelmente, nos últimos vinte anos. E infelizmente, apesar de muitas pesquisas e estudos, ainda não temos um marcador (ou vários) que seja preciso e que defina a malignidade. Vários marcadores imunocitoquímicos (Galectina, HBME-1, CK 19, etc..) e mais recentemente os moleculares (Gene Expression Classifier –Afirma TM by Veracyte ou MiRInform™ Panel by Asuragen) tem tentado dar a resposta. Entretanto, seus resultados estão longe da precisão, sendo usados, em alguns casos, como mais uma ferramenta para o auxílio na decisão cirúrgica. Assim, esta pergunta ainda permanece sem resposta no momento, com a torcida de que em breve possamos contar com um recurso mais definitivo.

Nota sobre os marcadores moleculares:
A Associação Americana de Tiróide (ATA) recentemente criou uma força tarefa com a missão específica de rever todos os resultados alcançados com o uso dos marcadores de expressão genética disponíveis no mercado. Este grupo de cientistas trabalha para buscar o consenso entre os especialistas sobre a correta indicação do seu uso. No momento e como mencionado anteriormente, os testes comerciais disponíveis no mercado têm limitações claras e estão longe da perfeição. Estudos promissores estão em andamento, com novas técnicas de sequênciamento genético e com a descoberta de novos painéis genéticos que prometem tornar este teste mais barato e amplamente disponível. Vamos aguardar!

Tratamento:

  1. Tratamento medicamentoso:
    • O tratamento com medicamentos é pouco eficaz na redução do volume do nódulo da tiróide e deve ser evitado. O uso da levotiroxina em pacientes cuja tiróide não apresenta alterações em seu funcionamento, poderá provocar um novo problema que é o hipertiroidismo iatrogênico.
  2. Tratamento cirúrgico:
    • Todo paciente com nódulo com diagnóstico de malignidade, ou com grande suspeita de malignidade, deverá ser submetido à cirurgia. Também e como descrito anteriormente, se o nódulo for benigno, mas estiver causando sintomas compressivos, haverá indicação cirúrgica.
  3. Tratamento com Iodo-131:
    • O tratamento com Iodo-131 (iodo radioativo) será indicado quando o nódulo produz excesso de hormônios. A dose de iodoradioativo administrada nestes casos é muito inferior àquelas utilizadas no tratamento do carcinoma da tiróide, o que torna a internação hospitalar desnecessária.
    • Nos casos de grandes bócios multinodulares, em pacientes mais idosos e com contraindicação cirúrgica, o tratamento com iodoradioativo poderá ser realizado. Entretanto, salienta-se que embora possa haver redução do volume tiroideano com este tratamento, a maioria dos pacientes apresentará hipotiroidismo e necessitará de cuidados quanto à reposição hormonal futura.
    • Os nódulos tireoidianos benignos, muito pequenos ou que não preenchem os critérios para a realização da punção aspirativa, devem ser observados e acompanhados pelo seu Endocrinologista, através do exame clínico ou de ultrassonografias, a cada 6 a 12 meses.
    • Uma nova punção poderá ser indicada se as características do nódulo mudarem ou se houver crescimento desproporcional do mesmo no período observado.

Tiróide ou Tireóide

Tiróide ou Tireóide?
A língua portuguesa considera corretas as duas formas da palavra escrita e falada.

O que é esta glândula?
A tiróide é uma glândula que fica na frente do pescoço (região anterior) e tem um formato parecido com o de uma borboleta. Posiciona-se em cima da traqueia, com um lobo de cada lado, unidos pelo istmo. É responsável por produzir dois hormônios (T3 e T4), que participam do controle da velocidade do metabolismo, influenciam o desenvolvimento do corpo e a atividade do sistema nervoso.


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