A Levotiroxina é a droga de escolha recomendada tanto para a reposição quanto para a terapia de supressão hormonal.

A reposição hormonal tem a finalidade de restaurar o eutiroidismo clínico e laboratorial, com a normalização do TSH sérico e reversão dos sintomas clínicos do paciente. Habitualmente, faz-se a reposição da Levotiroxina nos casos de hipotireoidismo decorrentes de patologias benignas. Já a terapia supressiva está indicada no tratamento complementar do câncer de tiróide. Consiste em repor a Levotiroxina com uma dose um pouco superior à necessária, com o intuito de suprimir o TSH e prevenir a recorrência do câncer.

São muitos os benefícios da Levotiroxina que fazem dela a terapia ideal para a reposição do hormônio tiroideano:

  1. Sua longa história de eficácia na resolução dos sintomas do hipotireoidismo,
  2. Perfil seguro no uso a longo prazo,
  3. Facilidade de administração em dose única,
  4. Sua longa meia vida,
  5. Sua absorção intestinal,
  6. Seu baixo custo e disponibilidade de acesso.

Mas atenção:

  1. Não mude a marca de sua levotiroxina. Não existe bioequivalência entre os vários produtos no mercado. Isto poderá alterar o seu TSH. Se houver necessidade de mudança na marca do produto, procure seu endocrinologista para que ele possa fazer o novo ajuste na dosagem. Formulações manipuladas de levotiroxina não são aconselháveis.
  2. A levotiroxina deve ser tomada preferencialmente em jejum, de no mínimo 30’ antes da primeira refeição. Em casos excepcionais, em pacientes com dificuldade de absorção por doenças gastrointestinais, a levotiroxina também poderá ser administrada ao deitar, no mínimo 3 horas após a última refeição. Também é recomendado, que não se administre a levotiroxina junto a outros suplementos vitamínicos e minerais. Recomenda-se pelo menos 4 horas entre os produtos. A monitorização do TSH deve ser feita com mais frequência quando os seguintes medicamentos são usados nos pacientes que fazem reposição com tiroxina: fenobarbital, fenitoína, carbamazepina, rifampicina e sertralina entre outros.

Para que o médico possa decidir qual a dose inicial da levotiroxina a ser utilizada no paciente, leva-se em consideração, o peso do paciente, a massa corporal magra, a etiologia do hipotireoidismo, o grau de elevação do TSH, a idade e o contexto clínico geral. Os ajustes de dose devem ser feitos quando houver grande alteração no peso corporal, com o envelhecimento, durante a gravidez, sempre reavaliando o TSH 4 - 6 semanas após qualquer mudança de dosagem. Durante a gestação, a reavaliação deverá ser feita em períodos mais curtos.

Nota: Modismos como associação de T3 e T4, assim como o uso de tiróide dissecada e suplementação com iodo manipulado devem ser evitados, sob risco de problemas adicionais de saúde futuros. Também recomendamos contra o uso de suplementos alimentares/nutracêuticos, ou qualquer outro produto de manipulação que esteja sendo indicado para o tratamento do hipotireoidismo.